quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

CONTOS DE UMA PRIMOGÊNITA


Gosto de narrar à infância da minha irmã mais velha Rosemary. Não sei por que, mas gosto. Não que eu não tenha história da minha vida pra contar, mas, aprendi que as histórias de vida de outras pessoas têm a ver, apesar da subjetividade de cada um, e está inteiramente ligada a história de todos em um único conjunto. Quando ela conta às coisas que fazia, me pego imaginando como é ser ela. Espelho-me nela porque sei que ela ainda tem um coração de criança. Ter um coração de criança é uma virtude. Por esse motivo Cristo falou “deixai vir a mim as criancinhas, pois de tal é o reino dos céus”. Por que as crianças têm a facilidade de amar, perdoar, e aceita sem preconceitos o próximo, expõem suas emoções e sentimentos sem medo de ser mal compreendida.
Em um dos seus contos infantil ela falou...
... Sempre quis ser famosa. Eu tinha duas amigas que morava ao lado da casa da minha avó, brincávamos todos os dias.  A calçada era o nosso palco, eu e elas inventávamos que éramos cantoras da época que fazia sucesso. O povo que passava na rua era o nosso público. Quando passava uma pessoa na rua só eram os gritos: - Vamos lá galera, todo mundo dançando, cantando e pulando comigo! Acho que quando eles passavam e via agente fazendo aquelas ‘macacadas’ ficavam rindo da gente.
... Na igreja não era diferente. Eu queria ser a cantora principal.
E lá ia vovô falar com o Pastor pra me dar oportunidade pra cantar.
Em uma dessas, foi que chamei minha prima Albenice pra cantar comigo. Passamos o dia ensaiando pra a noite cantar na igreja.
A noite chegou e com ela a expectativa de se apresentar na igreja. Lá vinha a imaginação junto com minha inocência de que aquele era o show do momento. Meu coração quase explodiu de tanto nervosismo.
Até que enfim chegou a hora. E anunciou o Pastor: - Vamos ouvir nesse momento um louvor pelas irmãs Mary e Albenice, essas duas crianças que serve a Deus com suas vozes.
E lá fomos nós duas. Tinha só um microfone e dividíamos em etapas.
Aí aconteceu uma coisa que me tirou do serio, Albenice errou a letra da musica. Oxiii... Tanto que ensaiamos! Meus Deus... eu fiquei irada e comecei a chorar, peguei o microfone e meti na cabeça dela e ela chorou também. E foi o chororô foi à noite todinha.
Tantas e outras histórias melhores do que essa ela me conta quase todos os dias. Achei por bem deixar aqui guardadinho nesse blogger e pra quem quiser ler também. Pois essas narrativas fazem agente voltar no tempo e lembrar que temos nossos contos infantis.  

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Doce infância

Certo dia ouvi atentamente minha irmã mais velha Rosemary contar e cantarolar suas histórias de quando era criança.
Percebi (por ser muito detalhista) que seu rosto transfigurava a alegria do seu doce passado inafantil e que aquelas lembranças nas entrelinhas de sua narrativa estavam bem presentes no seu jeito de ser hoje.
Lembrava ela de suas brincadeiras, suas traquinagens, do seu desejo de ser famosa, atriz ou cantora, e de como ela fazia para que seus amigos a idolatrasse. Ela era o centro das atenções. Tudo e todos os acontecimentos giravam em torno dela. Era uma deusa.
Toda aquela retrospectiva daquele momento infantil que ela relatou, me fez entender a pureza inicial da vida. E que o amor, o ódio, o perdão, a alegria, nessa etapa são vividos com muita intensidade e inocência.
Como é bom a inocência!
Muitos suspiram... Como é bom ser criança. Não ter no que se preocupar e só brincar, brincar e brincar.
Mas a fase adulta chega e a inocência acaba. Vem os conflitos e com ele os delírios que não enchergavámos na infância porque a inocência bloqueava.
Mas ser adulto não é tão ruim assim. O adulto é uma criança já bem estruturado, que toma suas decisões e anda com seus próprios pés.
É um ser em plena evolução.
O narrador da infância.
Um ser mais que original.

domingo, 11 de dezembro de 2011

ARTE: Ferramenta de densenvolvimento de mentes críticas!

Este texto é uma análise do documentário "LIXO EXTRAORDINÁRIO" de Vik Muniz, elaborado na disciplina de Ensino de Artes do curso de Pedagogia-UERN/Mossoró, ministrado pelo professor Márcio Costa.
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Ao assistir o documentário percebi nele aspectos que estão bem presentes na minha realidade. Uma é que a cegueira que afeta os "excluídos" não os permitem enxergar a arte como a solução para o desenvolvimento de mentes críticas.
Talvez isso seja uma estratégia dos "poderosos", nos penalizar com a pobreza ao ponto de ficarmos cegos. Pobreza que corrompe nossa inteligência nos privando da liberdade de pensar, viver e agir com a Arte. Pobreza que nos faz sentir-se como o lixo, aparentemente, sem utilidade nenhuma. Apodrecendo o corpo e o espírito.
Outra é, que estamos tão cegos que ao menos percebemos que pelo tocar coisas podem ser transformadas. Achamos que a Arte é exclusividade para poucos. Mas a Arte se encontra na pobreza, na escassez, em becos sem saída, no projeto que não deu certo e até mesmo no lixo. A Arte está no viver e no sobreviver. Somos melodias compostas pelos sons da Arte viva, que corre na veia do excluido fazendo-o percebe-se como instrumento da arte.
Por isso escrevo aqui minha revolta. 
Na minha infância brinquei de fazer Arte. E quando cheguei na escola fui barrada no portão. Por que as escolas não se deixam ser instrumentos da Arte, sao meros campos de reprodução de um sistema bruto. E Arte não é reprodução. E sim inovaçao!
Mas em certa parte eu sou grata a escola, pois, ela me fez pensar o contrário. Como sentir o prazer da alegria se não vivenciamos a amargura da tristeza?
Doeu e deixou suas sequelas, mas eu SOBREVIVI.

NO SOM DO SILÊNCIO



Eu ouvi no silêncio chinelos, sons de quem firmavam
passos.
Eu ouvi no silêncio vozes que badalavam vida.
Eu ouvi no silêncio homens trabalhando, exprimindo o
som da sobrevivência.
Eu ouvi no silêncio sons de motores, anunciando
bravamente a nova era.
Eu ouvi no silêncio passáros que cantavam alegremente
sua liberdade.
Eu ouvi no silêncio sons de chaves que se debatiam uma
nas outras.
Eu ouvi no silêncio a folha seca carregada pelo vento e o
ar condicionado esfriando o calor.
E no meio do silêncio ouvi meu coração batendo forte e
dizendo que meu amanhecer será surpreendente.
Por fim...
... ouvi sons de xícaras, cadeiras e aplausos.
E por entre todos eles soava o vento, leve e tranquilizador.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

MENSAGEM AOS AMIGOS

A turma do curso de Pedagogia 2008.1 – UERN Mossoró/RN
Já estava tudo preparado pelo Senhor do destino que nos uniríamos para o todo sempre.
Desconhecidas de nós mesmo, do que aqueles quatro anos pra frente nos reservariam, começarmos.
Naquele momento houve um casamento de vidas.
Vidas e histórias.
Que compartilharia caminhos para a formação de seres.
Foi o casamento perfeito.
Durante todo esse tempo, o Senhor do destino preparou momentos.
Momentos de risos e festas, lágrimas e descontentamentos. Que a amizade eternizou escrevendo no livro dos amigos.
Grande poder que têm a amizade, e que a possui bem-aventurado é.
Bem-aventurado somos, porque vivemos essa amizade.
E se Senhor do destino nos separar...
...em algum momento da Saudade nos abraçaremos e lembrar-nos-emos dos quatros anos de histórias que ficou marcado para o todo sempre.
Ponto final.
Nem sempre um ponto final significa o fim de uma história! Mas o começo de um NOVO parágrafo.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

DELÍRIOS DE MINHA HISTÓRIA DE VIDA! - I

Quando olho para trás vejo que hoje está tudo diferente.
Sinto como se eu fosse um incômodo para certas pessoas. Mas acontecem situações que me faz sentir importante. Sei que estou escrevendo minha história e tenho deixado rastros de tinta e caneta na vida daqueles que me cercam.
É duro pra mim não ter minha mãe por perto.
Queria sentir a sensação de tê-la viva ao meu lado. Outras vezes prefiro que a distância entre nós duas seja o esquecimento desse sofrimento. Arde a revolta dentro de mim, sinto o peso dos traumas que vivenciei.
Queria não viver.
Mas tenho que seguir até o fim.

SAUDADES

Queria sentir saudades do teu abraço aconchegante
Do calor que mantêm vivo teu corpo
Dos teus beijos suaves, porém, delirantes
Do teu sorriso de menino.

Porém, sentir saudades por nunca ter te abraçado
Não ter te beijado
Não ter te sentido vivo no meu corpo
Me faz ter certeza do que verdadeiramente sinto por você se chama: AMOR!