terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Doce infância

Certo dia ouvi atentamente minha irmã mais velha Rosemary contar e cantarolar suas histórias de quando era criança.
Percebi (por ser muito detalhista) que seu rosto transfigurava a alegria do seu doce passado inafantil e que aquelas lembranças nas entrelinhas de sua narrativa estavam bem presentes no seu jeito de ser hoje.
Lembrava ela de suas brincadeiras, suas traquinagens, do seu desejo de ser famosa, atriz ou cantora, e de como ela fazia para que seus amigos a idolatrasse. Ela era o centro das atenções. Tudo e todos os acontecimentos giravam em torno dela. Era uma deusa.
Toda aquela retrospectiva daquele momento infantil que ela relatou, me fez entender a pureza inicial da vida. E que o amor, o ódio, o perdão, a alegria, nessa etapa são vividos com muita intensidade e inocência.
Como é bom a inocência!
Muitos suspiram... Como é bom ser criança. Não ter no que se preocupar e só brincar, brincar e brincar.
Mas a fase adulta chega e a inocência acaba. Vem os conflitos e com ele os delírios que não enchergavámos na infância porque a inocência bloqueava.
Mas ser adulto não é tão ruim assim. O adulto é uma criança já bem estruturado, que toma suas decisões e anda com seus próprios pés.
É um ser em plena evolução.
O narrador da infância.
Um ser mais que original.

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